quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

vou te esperar


Existia um breu.
Um breu gelado, triste, amargo, falido, sufocante por si só.
Não parecia ter vida e eu -naturalmente sem pudor- me jogava em seus profundos vazios.
Esse breu é quando vais embora e em péssima hora, quando dizes que não voltas,
quando deixa-me sozinha na madrugada que passa despercebida aos meus aflitos olhos.
Breu é não consentir que meu corpo invada o seu, dizer as palavras doces de afeto, tudo que sinto e preciso demonstrar..
A coragem que transpareces nas palavras não condizem com esses olhares de medos.
Existe sentimentos apertados, reprimidos e loucos para se despirem em plena rua movimentada.
Quero te ouvir, contar histórias, amar cada detalhe do teu jeito, do teu rosto.
Ah, como gosto de beber seu fluido! É alimento pra tamanho desejo e fome de você.
Permitiremos a dança entre o cérebro e o coração, deixaremos o palco livre para o eterno concerto acontecer.
Te quero eternamente, traçar todos os caminhos e direções. Ser mais do que somos
Agora estais longe, não sonho mais. E quando acontece é sempre você estampado fazendo algo que meu inconsciente propõe sem nenhum escrúpulo.
Quanto tempo mais esperarei?

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